sábado, 5 de outubro de 2013

Manifestantes pedem libertação de ativistas detidos na Rússia

Manifestantes em 47 países pediram a libertação de ambientalistas do grupo Greenpeace e jornalistas que foram detidos na Rússia. Entre os presos, está uma brasileira.


           
 
Em 47 países, ativistas defenderam, neste sábado (5), a libertação dos ambientalistas do grupo Greenpeace e jornalistas que foram detidos na Rússia. Entre os presos, está uma brasileira que protestava contra a exploração de petróleo nas águas do Ártico.
"Libertem os 30 do Ártico", pediram os manifestantes em Melbourne, na Austrália. Os protestos seguiram por Hong Kong, na China, por Moscou e pela Holanda, onde o ato foi em frente à embaixada russa.

Segundo os organizadores, houve mobilizações em quase 50 países em apoio aos 28 ambientalistas e dois jornalistas que estão presos em Murmansk, no noroeste da Rússia. Entre eles, a bióloga brasileira Ana Paula Maciel.
Em São Paulo, o Greenpeace escolheu o vão livre do Masp para protestar contra a prisão dos ativistas. O grupo pediu a libertação imediata das 30 pessoas que foram detidas.
A mãe de Ana Paula saiu de Porto Alegre para participar do protesto, e fez um apelo: “Eu quero que o governo interceda sobre Ana Paula para ela voltar para o Brasil. É muito angustiante. É uma angustia muito grande”, diz Rosângela Maciel, mãe de Ana Paula.
Quem passou pela Avenida Paulista pode deixar mensagens que serão entregues por advogados a Ana Paula.
Em 18 de setembro, dois alpinistas do Greenpeace foram presos quando escalavam uma plataforma estatal russa para protestar contra a exploração de petróleo no Ártico.
No dia seguinte, outras 28 pessoas, de várias nacionalidades, que estavam no navio do grupo ambientalista, também foram detidas. A justiça russa indiciou todas por pirataria. Elas podem pegar até 15 anos de cadeia.
A Holanda, país de dois dos ativistas, diz que as prisões foram ilegais e que, por isso, vai questioná-las num tribunal internacional.
Antes do indiciamento, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, chegou a dizer que não considerava que o caso fosse de pirataria. Mas que o grupo havia desrespeitado leis russas.
Ao final do ato em São Paulo, os manifestantes cantaram pela libertação da brasileira: "Vem, vem, pra libertar a Ana Paula".
“A gente gostaria que as autoridades intercedessem, que se contraponham ao processo de pirataria, que a gente considera absolutamente injusto e inclusive cruel contra essas pessoas que estavam protestando”, explica Fernando Rossetti, diretor do Greenpeace.
O Itamaraty enviou ao governo russo uma carta em que se compromete a apresentar a brasileira à justiça de lá sempre que necessário, se ela responder ao processo em liberdade.
Mas ainda aguarda uma decisão.

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